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Alice No Inferno: M. N. E.

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SuibroM's avatar
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- O que vais fazer?! É suicídio tentar enfrentá-lo. Tanto quanto sei, este é o seu reino. Não sabemos o seu poder por aqui. E eu não te posso proteger mais.
- Este não é o seu reino. É o meu.! E eu vou reclamá-lo de uma vez por todas!
Ele agarra-a, tentando acalmá-la:
- Olha para mim. Eu estou aqui para te ajudar mas não te posso proteger dele. Nós temos que ir para um local seguro, há esconderijos que podemos utilizar, sítios que descobri desde que estou aqui.
- Já te disse…
Ele liberta-a e estica o braço, apontando para um portão enorme em frente à piscina.
- A porta é aquela. - Alice vê a porta pela primeira vez, podendo jurar que a sala onde se encontra é hermética. – A realidade vai sendo distorcida pelos teus próprios medos. Tudo o que acabaste de absorver, todas as tuas memórias dolorosas, vão ser jogadas a ti como se de facas se tratassem. Nada é o que parece, nada é real. – Alice continua a fixar a porta como se esta a tivesse hipnotizado - Ando a saltar de realidade em realidade há demasiado tempo… Escuta… ainda não estás completa, ainda não és tu, como nunca foste. E dividida irás, inevitavelmente falhar. Precisamos de tempo… por favor…
Ela nada diz, segue até à porta e pára diante desta. Vista dali, é ainda mais imponente. Mas não há maneira de a abrir do interior:
- Como é que…?
- Como tudo neste sitio… com o pensamento. – a voz dele ecoa na sua mente.
Ela fecha os olhos. Ele sorri e desaparece.

O metal contorce-se numa rude melodia fria fazendo soar os mecanismos que se movem para provocar a abertura da porta. Quando finalmente cessa, um silêncio assustador é cortado pelo cantar de uma leve brisa. Em frente, apenas o escuro… novamente. Decidida, Alice mergulha na escuridão sem olhar para trás. A porta fecha-se lenta e ruidosamente deixando a sala vazia e sem vida. O chão treme e uma fenda rasga-o, esvaziando a água da piscina. Pedaços do tecto caiem e os azulejos partem-se como resultado de uma pressão extrema. O tempo exerce uma pressão de milhares de anos enquanto a sala continua implacavelmente a destruir-se sobre si mesma. E enquanto o tempo baila num jogo de avanços e recuos, como se se tratasse uma moeda a rodar sobre si mesma, as paredes caiem por fragmentos, tornando-se apenas pó que é envolvido pelo imenso negro.

Por muito tempo, Alice caminha sem sentir sequer que está a andar. Os seus sentidos estão alerta mas ela nada vê, nada ouve, nada sente. Até que pára como se tivesse chegado a uma parede, mas nada sente continua sem nada sentir. Estica os braços e continua sem nada sentir. Começa a ouvir a sua pulsação cada vez mais alto… cada vez mais rápida. Mete a mão no peito e não sente a sua batida, que se continua a ouvir até culminar com uma arma a ser engatilhada atrás de si. Alice volta-se surpreendida:
- Pai?
Pensavam que se safavam não era...? Enganaram-se. Aqui está mais uma parte. Espero acabar o resto esta semana, se alguém superior a mim o permitir.

Não houve espaço para o título por isso aqui está ele
Alice No Inferno: Mergulho Na Escuridão
Parte 4/de uma data delas

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Eenesh's avatar
Aii, este final :O